O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino é celebrado anualmente em 19 de novembro. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, a data tem como finalidade reconhecer e valorizar a atuação das mulheres empreendedoras em âmbito nacional e internacional.
O objetivo central é dar visibilidade aos desafios enfrentados por essas mulheres no ambiente empresarial, destacando a importância da inclusão e da igualdade de oportunidades. Embora representem mais da metade dos empreendedores no Brasil, as mulheres ainda encontram barreiras estruturais que limitam seu crescimento. Entre os principais obstáculos estão a dificuldade de acesso a crédito, a desigualdade salarial e a limitação no alcance de oportunidades de negócios.
De acordo com pesquisas do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), muitas empreendedoras enfrentam insegurança ao precificar seus produtos e serviços, cobrando valores abaixo do adequado. Esse cenário é influenciado tanto pela falta de acesso à capacitação quanto pelo impacto das desigualdades de gênero e raça, que afetam diretamente a confiança das empreendedoras.
No caso das mulheres pretas e pardas, os desafios são ainda maiores. Além da desigualdade de gênero, elas enfrentam discriminação racial e barreiras sociais que dificultam a formalização dos negócios e o acesso a recursos financeiros. Esses fatores, somados à sobrecarga de tarefas domésticas, impactam a autoestima, a saúde mental e a valorização do próprio trabalho.
O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, portanto, não se limita a uma celebração, mas representa uma oportunidade de conscientização e de incentivo a ações que promovam um ambiente mais inclusivo para as empreendedoras. Medidas como o consumo consciente de produtos e serviços liderados por mulheres, a indicação de suas iniciativas e o apoio em redes de negócios contribuem para o fortalecimento desse segmento.
No Brasil, iniciativas como as oferecidas pela Rede Mulher Empreendedora disponibilizam capacitação e programas de apoio voltados ao crescimento e à consolidação de negócios liderados por mulheres. Formalizar o empreendimento, buscar formação continuada, expandir a rede de contatos e adotar estratégias adequadas de precificação são passos fundamentais para o fortalecimento do empreendedorismo feminino.
A data se consolida como um marco para valorizar conquistas, ampliar espaços e estimular transformações necessárias no cenário do empreendedorismo no país e no mundo.
💭Se as mulheres já representam mais da metade dos empreendedores no Brasil, o que ainda falta para que tenham as mesmas condições e reconhecimento que os homens no universo dos negócios? 💭
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Instituto IRME:
GOV:
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Conteúdo elaborado para: ObservAJUS – Observatório de Acesso à Justiça
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