Prática de acesso à Justiça

CEJUSC Baseado em Evidências

Soluções-chave que esta prática apresenta para o problema identificado

O objetivo da prática é identificar os melhores momentos para conciliação dentro do caminho processual, com o fim de oferecer dados que permitam uma triagem racional dos processos que serão encaminhados para conciliação de ofício.

Para tanto, foram elaborados fluxogramas mapeando 17 momentos processuais ao longo das fases de conhecimento, de liquidação e de execução do processo trabalhista. Cada processo encaminhado ao CEJUSC-JT 1º Grau de Curitiba foi classificado de acordo com os fluxogramas, monitorando-se os resultados obtidos com a mediação.

Visão geral

  • Resumo

    Objetivos

    O objetivo da prática é identificar os melhores momentos para conciliação dentro do caminho processual, com o fim de oferecer dados que permitam uma triagem racional dos processos que serão encaminhados para conciliação de ofício. Com a adequada triagem, busca-se atingir três finalidades: a) melhorar os índices de conciliação; b) otimizar o andamento dos trabalhos nas audiências; c) não desperdiçar tempo, dinheiro e energia em momentos nos quais se verifica o desinteresse das partes na tentativa de uma solução consensual, afinal, os CEJUSCs estão, como todo o Judiciário, sujeitos ao princípio da eficiência.

    Metodologia

    Como a prática visa afastar os “achismos” e impressões subjetivas da gestão dos CEJUSCs, a metodologia utilizada é empírica, pois políticas públicas devem ser estabelecidas em critérios estatísticos confiáveis e replicáveis e não em mero voluntarismo otimista. Foram elaborados três fluxogramas, mapeando 17 momentos processuais nas fases de conhecimento (5), de liquidação (3) e de execução (9). Cada processo recebido pelo CEJUSC é classificado com o número correspondente ao momento processual em que se encontra. Realizada a audiência de conciliação, monitora-se seu resultado e são compilados os dados, cruzando momento processual e resultado. Identificados e catalogados os melhores momentos para a mediação, as informações são compartilhadas com os demais magistrados, por meio de comunicados e cursos, a fim de guiar o encaminhamento de processos de ofício ao centro de conciliação em momentos com maior possibilidade de êxito, assim como de contribuir com a elaboração de pautas conciliatórias harmônicas em localidades onde não há CEJUSC.

    Resultados

    Com os dados consolidados foi possível identificar momentos mais propícios à conciliação, o que gerou duplo benefício. Primeiro, utiliza-se a estrutura do CEJUSC de forma mais efetiva. Como um órgão do Judiciário, submete-se com ele a todos os princípios e mandamentos da Administração Pública. O CEJUSC não pode ser mais visto como um mero apêndice das Varas do Trabalho. Como órgão do Judiciário, deve ser responsável pela criação e pela implementação de políticas públicas que visem à eficiência, prevista constitucionalmente. Assim, deve ser visto e utilizado como um setor de inteligência e estratégia, que colete, monitore, implemente e transmita dados confiáveis sobre as conciliações. Assim, o benefício alcançado foi a utilização racional da estrutura do CEJUSC. Segundo, passou-se a oferecer às Varas informações úteis que lhes dão diretrizes estratégicas de como atuar. Com o envio de processos partindo de evidências empíricas, há maiores possibilidades de que a Vara consiga solucionar processos com a conciliação, desafogando pautas de audiências, dirigindo sua atenção àquelas audiências que só ali podem ser realizadas. Da mesma forma, com o aumento de solução dos processos, reduz-se a taxa de congestionamento. Aqui, a prática implica benefício a todo o andamento das demais unidades judiciárias, fazendo com que o CEJUSC assuma de forma eficiente seu papel precípuo de conciliação e permita que as Varas do Trabalho direcionem atenção aos processos em que a conciliação tem menos probabilidade de ocorrer. Interessante exemplo, é o momento após a homologação dos cálculos, em que, de 157 processos analisados, 32% tiveram conciliação. Além de se revelar um bom momento, sob o ponto de vista de solução do litígio e de se evitar uma execução forçada, a homologação de acordo neste momento reduz múltiplas rotinas procedimentais da Secretaria da Vara de origem.

    Palavras-chave
  • Problemas-chave

    Falta de padronização nos procedimentos judiciais
    Ausência de critérios e metodologias padronizadas em diversos aspectos dos procedimentos judiciais

  • Soluções-chave

    Promoção de alternativas de resolução de conflitos
    Fomento de métodos alternativos de resolução de conflitos, como arbitragem, conciliação e negociação, como formas mais rápidas e menos onerosas de resolver disputas

  • Barreiras

  • Atos normativos

    Não há

  • Tecnologias

    Sistemas de gestão online

  • Parceiros

    • Magistrados das Varas do Trabalho de Curitiba.
  • Financiamento

    Não há

  • Downloads

    CEJUSC-baseado-em-evidAancias.pdf

Ficha técnica

Data de início 01/05/2020
Tribunal associado à prática Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT9) (PR)
Unidade/Seção da instituição CEJUSC-JT 1º Grau de Curitiba
Público-alvo Operadores do direito
Jurisdicionados
Público interno
Escopo de atuação Municipal
Fonte de dados CNJ
Página de origem https://boaspraticas.cnj.jus.br/pratica/463