Prática de acesso à Justiça

Desburocratização do Acesso à Justiça aos Moradores em Situação de Rua, Migrantes, Refugiados e Apátridas

Soluções-chave que esta prática apresenta para o problema identificado

Constitui a dispensa de comprovação do endereço, ou seja, da produção de prova documental de domicílio fixo por parte dos indivíduos em situação de vulnerabilidade e invisibilidade social. Para tanto, foram alterados os procedimentos internos dos Juizados Especiais, notadamente, aqueles ligados ao ato de atermação.

Visão geral

  • Resumo

    Objetivos

    A prática possibilita o pleno acesso à Justiça por indivíduos que se encontram em situação de rua, moradores de áreas ocupadas, migrantes ou outros impossibilitados de efetuarem a comprovação formal do domicílio, respeitando, dessa forma, a dignidade humana e desburocratizando o sistema.

    Metodologia
    • Os magistrados do TJMG, Paulo Barone e Ângela Rodrigues, desenvolveram o presente projeto;
    • Constitui a dispensa de comprovação do endereço, ou seja, da produção de prova documental de domicílio fixo por parte dos indivíduos em situação de vulnerabilidade e invisibilidade social;
    • Foram alterados os procedimentos internos dos Juizados Especiais, notadamente, aqueles ligados ao ato de atermação;
    • A partir da implantação do projeto, todos os Juizados Especiais do Estado dispensaram a exigência de apresentação de qualquer comprovante formal de residência para aquelas pessoas que não tem possibilidade de produzir prova documental de seu domicílio;
    • No ato da atermação, o procedimento adotado foi o cadastramento desses cidadãos com qualquer endereço informado e com o preenchimento de uma certidão.
    Resultados
    • Acesso à justiça aos moradores em situação de rua , migrantes, refugiados e apátridas, todos aqueles que não conseguem documentalmente comprovar sua residência;
    • Direito de vez e voz àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade e invisibilidade social;
    • Custo zero para a Instituição e ganhos imensuráveis para todos aqueles que dependiam do acesso à justiça e não eram atendidos;
    • Possibilidade de sua aplicação e exportação, sem custos, para todo o território nacional.
  • Problemas-chave

    Complexidade e excessiva formalidade dos processos judiciais
    Excesso de formalidade e complexidade nos procedimentos legais, que dificulta a eficiência, a acessibilidade e a transparência do sistema judicial.

  • Soluções-chave

    Simplificação de procedimentos legais
    Redução da complexidade dos processos judiciais e administrativos, implementando a digitalização e automação de processos, a criação de formulários padronizados para procedimentos comuns, e a revisão da legislação para torná-la mais clara e acessível

  • Barreiras

    Resistência por parte dos funcionários
    Resistência por parte dos operadores do sistema jurídico: relutância ou oposição de operadores do sistema jurídico em adotar novas práticas, procedimentos ou tecnologias. Pode ser motivada por desconforto com a mudança, falta de compreensão dos benefícios das novas abordagens, ou uma preferência por métodos tradicionais

  • Tecnologias

    Não se aplica

  • Downloads

    260.-Desburocratizacao-do-Acesso-a-Justica-aos-Moradores-em-Situacao-de-Rua-Migrantes-Refugiados-e-Apatridas.pdf

Ficha técnica

Data de início 02/2018
Tribunal associado à prática Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)
Público-alvo Sociedade em geral
Voltada aos grupos Comunidades de baixa renda
Pessoas em situação de rua
Refugiados e/ou imigrantes
Escopo de atuação Estadual
Fonte de dados Prêmio Innovare
Página de origem https://www.premioinnovare.com.br/pratica/desburocratiza%C3%A7%C3%A3o-do-acesso-%C3%A0-justi%C3%A7a-aos-moradores-em-situa%C3%A7%C3%A3o-de-rua-migrantes-refugiados-e-ap%C3%A1tridas/3616