Visão geral
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Resumo
Objetivos
A prática visa resolver conflitos relacionados à prestação de serviços de saúde, tratamentos especializados, fornecimento de órteses, próteses e medicamentos. Através dessa abordagem inovadora, o tribunal busca proporcionar soluções consensuais, reduzindo custos e tempos de resolução, beneficiando cidadãos, profissionais de saúde e o próprio sistema judiciário.
Metodologia
- Reconhecer a crescente judicialização das questões de saúde e a necessidade de abordagens mais céleres e humanizadas;
- Estabelecer um centro judiciário virtual com foco em soluções de conflitos relacionados à saúde, com abrangência estadual;
- Optar por uma plataforma digital que permita a realização de mediações online, facilitando o acesso e a eficiência;
- Formar profissionais em questões de saúde pública e suplementar, garantindo que estejam aptos a lidar com as demandas específicas da área;
- Criar canais de diálogo com operadoras de saúde, entes públicos e outros stakeholders relevantes;
- Incentivar a resolução consensual de conflitos, evitando o ajuizamento desnecessário e promovendo soluções mais rápidas;
- Acompanhar o número de mediações realizadas, a taxa de acordos alcançados e coletar feedback dos envolvidos para aprimorar continuamente o processo;
- Com base nas lições aprendidas, considerar a expansão do projeto para outras áreas ou adaptá-lo conforme as necessidades emergentes.
Resultados
A implementação do CEJUSC-SAÚDE trouxe resultados significativos para o sistema judiciário do Rio Grande do Sul. A prática resultou em uma redução notável no número de processos relacionados à saúde que chegavam ao tribunal, graças à mediação pré-processual. Isso não apenas aliviou o sistema judiciário, mas também proporcionou resoluções mais rápidas e eficientes para as partes envolvidas. Estatísticas entre 01/01/2022 até 29/09/2023: foram agendadas 68 sessões, com percentual de 35,29% de acordo. Os benefícios dessa iniciativa são vastos. Primeiramente, a desjudicialização de conflitos relacionados à saúde permitiu que os cidadãos obtivessem soluções mais céleres, evitando a demora e o desgaste de um processo judicial tradicional. Além disso, a prática promoveu a resolução consensual, incentivando o diálogo e a compreensão mútua entre as partes. Isso não apenas resultou em acordos mais satisfatórios, mas também reforçou a confiança no sistema judiciário. Adicionalmente, a economia gerada para o tribunal, ao evitar processos longos e custosos, permitiu que recursos fossem melhor alocados em outras áreas necessárias. Por fim, a capacitação específica dos mediadores garantiu que os casos fossem tratados com a devida expertise, assegurando que as soluções propostas estivessem alinhadas com as melhores práticas e diretrizes na área da saúde.
Palavras-chave
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Problemas-chave
Morosidade processual
Lentidão na tramitação de processos judiciais, resultando em atrasos prolongados para a resolução de casos e sobrecarga nos tribunais. As causas desse problema são muitas, entre elas, procedimentos burocráticos ineficientes e a falta de recursos adequados -
Soluções-chave
Modernização do sistema judicial
Investimento na modernização dos sistemas judiciais para torná-los mais eficientes e acessíveis, o que pode incluir a digitalização de processos, a implementação de sistemas de gestão de casos online e a melhoria da infraestrutura física dos tribunaisPromoção de alternativas de resolução de conflitos
Fomento de métodos alternativos de resolução de conflitos, como arbitragem, conciliação e negociação, como formas mais rápidas e menos onerosas de resolver disputas -
Barreiras
Limitações de infraestrutura
Deficiências nas estruturas físicas e tecnológicas necessárias para um sistema jurídico eficiente. Inclui instalações judiciais inadequadas, equipamentos e sistemas de TI obsoletos e ausência de recursos digitais apropriadosEngajamento insuficiente da comunidade
Dificuldade em mobilizar e envolver a comunidade nas iniciativas desse acesso, devido a baixa conscientização sobre a importância do acesso à justiça, desconfiança no sistema jurídico, ou percepção de que as iniciativas legais são irrelevantes ou inacessíveisDificuldade de parcerias e apoio interinstitucional
Desafios na formação de parcerias eficazes entre diferentes entidades, como governos, ONGs e setor privado, essenciais para a implementação bem-sucedida de práticas de acesso à justiçaDesafios na formação e capacitação de profissionais
Dificuldades em treinar e capacitar adequadamente profissionais do direito e funcionários públicos para adotarem novas práticas e abordagens -
Atos normativos
- Ato Conjunto 002/2021, da Presidência do TJRS, 1ª Vice-Presidência do TJRS e CGJ do TJRS.
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Tecnologias
Sistemas de gestão online
Tecnologia de comunicação
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Parceiros
- Mediadores certificados;
- Ministério Público;
- Entidades de saúde como IPÊ Saúde;
- Operadoras de saúde suplementar;
- Órgãos municipais e estaduais de saúde.
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Ficha técnica
Data de início | 15/12/2020 |
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Tribunal associado à prática | Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) |
Unidade/Seção da instituição | CEJUSC SAÚDE - TJRS |
Público-alvo | Jurisdicionados Sociedade em geral |
Escopo de atuação | Estadual |
Fonte de dados | CNJ |
Página de origem | https://boaspraticas.cnj.jus.br/pratica/922 |